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Na primeira entrevista, realizada ao coordenador técnico da Residência de Jovens da Rumo, o Dr. falou-nos essencialmente sobre o funcionamento da instituição, da importância do ambiente da residência para o bom desenvolvimento dos jovens - sendo que lá estão instalados em regime permanente - e das estratégias desenvolvidas pelos profissionais para um melhor encaminhamento social e profissional dos mesmos, tendo como resultado a sua inclusão na sociedade! O objectivo é proporcionar-lhes uma vida normal, e acima de tudo conduzi-los a tomar boas decisões, quer seja nas suas relações com os outros (alertando-os para os maus comportamentos), quer na vida escolar e profissional, ajudando-os nas suas decisões, promovendo cursos e estágios. Reflectimos também sobre questões relacionadas com as famílias, e com o seu papel no desenvolvimento dos jovens.
No CAFAP (Centro de aconselhamento familiar e apoio parental), a entrevista com a coordenadora técnica foi dirigida especialmente aos problemas das famílias do concelho do Barreiro, sendo que o apoio, neste caso, não é prestado exclusivamente à criança, mas à unidade familiar, tal como é referido pela Dra. G. "(...) acreditamos que é na família que a criança tem toda a potencialidade para se desenvolver". Para além do aconselhamento e do apoio prestado às famílias, o CAFAP investe também na criação de redes de suporte, evitando o isolamento e proporcionando às pessoas condições para que não se sintam tão excluídas, uma forma de inclusão social.
No que diz respeito à relação entre as situações de risco vividas e os distúrbios comportamentais, ambos os profissionais concordam que o passado das crianças influencia em grande parte os seus comportamentos presentes. "É como se esses comportamentos fossem uma porta de fuga e o jovem perante todas as suas dificuldades emocionais, acaba depois por agir nesse sentido e, às vezes, não da melhor forma..." - refere a Dra. G.
Relativamente às carências e problemas que afectam as famílias no concelho do Barreiro, ambos concordam que a incapacidade das famílias prestarem um melhor apoio às crianças deriva de problemas financeiros, da negligencia (a nível da prestação dos cuidados básicos) e dos problemas mentais de alguns dos progenitores.
Enfim.. estas e muitas outras questões interessantes foram discutidas e irão ser apresentadas no nosso jornal escolar, onde serão publicadas as entrevistas. Até lá, deixamo-vos, em anexo, os guiões que nos serviram de base para a realização das mesmas :-)
Não percam os próximos capítulos!
Até breve
O grupo "Acção para a igualdade"
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